dos filhos.
- Quer crianças menos consumistas? Consuma menos e expresse que existe satisfação e felicidade em outras conquistas, que não envolvam dinheiro e lojas.
- Quer que seu filho brinque mais lá fora? Não tenha receio de arrancar os sapatos e pisar na grama molhada...
A criança precisa de um momento em que não esteja sendo julgada ou cobrada, em que possa
simplesmente fantasiar e fazer o que quer
BEM-ESTAR
Crie seu filho para que ele saiba se relacionar com as pessoas e o mundo. O sucesso profissional será uma consequência
07/07/2010 11:43
Texto Cynthia Costa
Texto Cynthia Costa
"Meu filho vai ter nome de santo / Quero o nome mais bonito". Os versos da música-ícone "Pais e Filhos", da banda Legião Urbana, simbolizam a vontade que quase todo pai tem de fazer o melhor para o seu herdeiro. Antes mesmo de o bebê nascer, pai e mãe embarcam num planejamento detalhado, que vai do nome de batismo à escolha da escola. Não raro, a criança mal saiu do berço e já está disputando vaga num dos melhores colégios de sua cidade, fenômeno percebido principalmente entre as famílias de classe média alta.
"Os filhos hoje são verdadeiros tesouros de seus pais. Dizemos que são superinvestidos", sinaliza o médico Luiz Carlos Prado, psicoterapeuta familiar de Porto Alegre, RS. Esse superinvestimento se dá em diversos sentidos. Não apenas as crianças são muito amadas, vigiadas e protegidas, como frequentam escolas concorridas e têm acesso a bens materiais caríssimos, como videogames e computadores de última geração.
Expectativas demasiadas e excesso de proteção e de mimos, porém, conduzem muitas vezes a um quadro indesejável: a criança pode se tornar um jovem cheio de conhecimentos, entretanto pouco capaz de se relacionar em grupo e, pior, insatisfeito e infeliz. Acostumado a ter tudo à mão, ele reage mal diante das dificuldades intrínsecas à vida e à convivência em sociedade. Consequentemente, não desenvolve a segurança e o jogo de cintura necessários para a satisfação pessoal e o sucesso profissional.
A ironia é que são essas características prejudicadas pelo excesso de investimento - habilidade para conviver, empatia, flexibilidade - que o mundo profissional mais tem procurado. Em um estudo recente, a IMC Consultoria Empresarial, do Rio de Janeiro, divulgou que 75% das empresas brasileiras consideram a chamada "inteligência emocional" mais importante do que os conhecimentos práticos de seus funcionários. Não adianta, portanto, investir na hiperqualificação de seu filho sem, ao mesmo tempo, lhe garantir uma formação emocional tão sólida quanto.
Pensando nisso, o Educar para Crescer conversou com especialistas e traçou algumas orientações fundamentais para que pais não percam de vista as emoções de seus filhos. Confira!
Leia mais:
http://educarparacrescer.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário