"Os inimigos externos não são permanentes. Se lhes mostrarmos respeito, eles se tornarão nossos amigos. Mas o inimigo interno é um eterno inimigo a quem nunca devemos ceder. Não podemos transformar todos os maus pensamentos em nossos amigos, mas precisamos confrontá-los e controlá-los." |
Dalai Lama |
Meu dia...
Nosso cotidiano é sempre entrelaçado com tudo o que somos e vivemos, por isso mesmo dependendo de como eu acordo, saberei como será o meu dia.
É claro que não escapamos dos acasos, das poesias e nem mesmo dos maus pensamentos. Mas logo cedo ao acordar, perto de nossos bem quereres, percebo que hoje consigo ver mais de perto, minha mãe, e sinto uma certa nostalgia ao pensar que os papéis se inverteram em nossas vidas. Quando criança me sentia um pouco só, apesar de estar rodeada por irmãos(sete), misturando as atividades de cuidar e brincar.
Hoje, ao nos ver sair e chegar, ela está lá sorrindo, só e apreensiva, com seu coração de mãe sempre a nos guardar e zelar.
Com meu companheiro, partilhamos de tudo um pouco, da arrumação, das preocupações e o mais gostoso, da preparação do café da manhã a dois, com os assuntos em dia e um beijo de amor que lembra sonhos e esperanças de tempos, tempos de sorrir e brincar.
Mas acredito em Deus e em suas palavras. Para quem não gosta de mudanças, como eu, ELE reservou muitas, e até que as tenho visto com bons olhos para minha vida e minha alma. Uma destas mudanças foi realizada no trajeto que fazemos de casa para o trabalho, ida e volta, podemos contemplar da nossa "trilha", dos solavancos do carro, nas dunas, pessoas orando, seja lá no alto, seja no pé da duna. Isto tem feito uma incrível diferença em minha vida, a contemplação do nascer e do por do sol.
Passo pela ponte e a cada dia me maravilho mais... Mas não posso deixar de saber do que admiro e acho belo tem suas entrelinhas, pessoas a quem estou diretamente ligada, sofrendo, com dificuldades, barbáries etc...
Tento não adentrar aos detalhes, mas quando vejo as crianças, afinal são elas que tenho que ouvir, segurar as mãos, tentando compreender o que se passa em suas cabecinhas, acabo me envolvendo. Afinal, não serei eu mesma se de tão doloridas eu também não as sentir.
O mais incrível é que apesar de nem sempre ser legal, conseguimos ultrapassar as barreiras, nos damos as mãos e juntas fazemos um dia melhor, para sorrir, brincar e amar.
É em todo o espaço escolar, compartilhando com a comunidade, companheiros e amigos onde passo a maior parte do meu dia, que venho aprendendo a aprender, que somos iguais, todos somos diferentes, nesta aula espetacular que é a vida.
Elisabete Lima
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