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DIÁRIO DO NORDESTE
CADERNO: CIDADE
REPORTAGEM ESPECIAL (18/10/2010)
´Povos do Mar´ repercute entre especialistas
18/10/2010
Material reconhece o protagonismo das comunidades do litoral na luta por direitos, cultura e modo de vida
As comunidades que vivem na zona costeira do Ceará tiveram uma cobertura jornalística totalmente dedicada a elas. Publicada ontem no Caderno Regional do Diário do Nordeste, a reportagem especial "Vida e luta dos povos do mar" repercutiu positivamente entre estudiosos do tema no Estado e em sites de organismos e movimentos sociais que atuam na promoção social das comunidades nativas de áreas litorâneas do País.
O jornal foi elogiado pela elaboração das matérias que alertam sobre um caminho para a vida sustentável no planeta. O material será usado para debate nas escolas dos povos do mar.
O Fórum de Defesa da Zona Costeira do Ceará parabenizou o trabalho jornalístico publicado ontem. As matérias foram replicadas nos blogs dos municípios litorâneos e está prevista a utilização do material para debate nas escolas.
"A imprensa é o espelho de uma nação. Nesse processo de construção da identidade do Ceará, o Caderno Regional do Diário do Nordeste dá sua contribuição todo dia ao mostrar a cara do nosso Interior. A reportagem foca no homem e nas suas relações com a natureza", afirmou Ariosto Holanda, deputado federal, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Ceará.
Próximas gerações
Sobre a reportagem, o especialista comentou, ainda, que "é um brado de alerta que indica caminhos da sustentabilidade e o bom uso da tecnologia. Se não soubermos usar nosso grande patrimônio natural, vai faltar para a nossa e as gerações vindouras". Já o professor do Curso de Direito, especialista em Direito Ambiental e vereador de Fortaleza, João Alfredo, ressaltou ser importante "que se reconheça o protagonismo dos povos do litoral na luta por direitos, cultura, trabalho e modo de vida".
As 12 páginas que compõem a reportagem tratam dos modos de vida de etnias indígenas, de negros remanescentes de quilombos e de mestiços que, por várias gerações, habitam a zona costeira cearense. A região era pouco urbanizada e só virou forte atrativo econômico a partir dos anos de 1970.
O correspondente Melquíades Júnior visitou 16 comunidades nos litorais leste e oeste, percorrendo cerca de 2.400 quilômetros. A matéria enfocou os conflitos envolvendo a pesca predatória da lagosta, a instalação de fazendas de camarão e de usinas eólicas, a ameaça à fauna e à flora pelo manejo predatório dos recursos naturais, bem como a difusão do turismo agroecológico e sustentável desenvolvido por comunidades.
As mulheres pescadoras ganharam destaque e tiveram a oportunidade de reivindicar políticas públicas para a categoria, mostrar os pratos desenvolvidos na culinária de Cascavel para o Festival da Sardinha, o artesanato em Acaraú e as lendas e músicas dos índios Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz.
Soluções
As comunidades de Icapuí e Caucaia pediram soluções para conter o avanço do mar sobre as casas, e os jovens puderam expor pinturas, desenhos e textos sobre o que pensam do mar.
"O mais importante de ter feito este trabalho foi poder evidenciar a dinâmica das lutas de reafirmação das singularidades culturais desses povos, que há muito tempo acompanhamos jornalisticamente de perto", ressaltou o correspondente Melquíades Júnior.
Confira a matéria
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