"Então, o educador da cidade almeja natureza e quem está na natureza almeja o que está na cidade."
Isso tem a ver com uma crise da sociedade de consumo?
"As crianças estão sendo educadas por um outro mundo, que foge aos muros da escola"
Entrevista com Adriana Friedmann
07/10/2009
Entrevista com Adriana Friedmann
07/10/2009
ESPECIAL A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
Nesta entrevista ao Projeto Criança e Consumo, Adriana afirma que a criança contemporânea, ao contrário do que muitos acreditam, brinca sim e está cada vez mais criativa. Para ela, o que falta é um diálogo mais efetivo dos adultos com o mundo lúdico infantil. “Há três décadas temos falado em um tom de saudosismo. Está na hora de a gente entender mesmo do que as crianças estão brincando”, diz.
veja na íntegra a entrevista com Adriana Friedmann no site do Instituto ALANA
Isso tem a ver com uma crise da sociedade de consumo?
Sem dúvida. No Ceará, por exemplo, há boas experiências com crianças, como a experiência do Instituto da Infância, que leva o brincar para comunidades rurais. Casa de palafita, com antena de TV em todas elas, a natureza pé no chão, as riquezas locais, e as crianças muitas vezes não dão valor. Elas valorizam as salas fechadas cheias de brinquedos industrializados, que não fazem parte daquele lugar, mas ao mesmo tempo são da cultura do mundo, porque o mundo está globalizado. Há um diálogo dessa cultura local lúdica com a cultura que vem via meios de comunicação. Então, o educador da cidade almeja natureza e quem está na natureza almeja o que está na cidade.
Você é uma pessoa otimista em relação à situação atual da infância?
Sou otimista sim. Na década de 80, quando começamos a falar da importância do brincar, não havia interlocução. Hoje, nós temos muitos formadores, temos o brincar nas leis, o brincar na escola, o brincar como direito, os fabricantes de brinquedos com a consciência de que o que eles estão fabricando é especial, que tem que ter um cuidado com o material, com a segurança. Sinto que, ao mesmo tempo em que a situação está tão caótica, há um contraponto de um grupo muito grande. Há um potencial que está perpassando todas as instâncias para humanizar a era da tecnologia.
"O quintal é o território encantado da infância"
Adriana Friedmann
"As crianças estão sendo educadas por um outro mundo que foge aos muros da escola"
Ana Lucia Villela
"O apelo emocional do consumo atinge todo o mundo"
Lydia Hortélio
"Sonho com o tempo em que poderemos falar em integração nacional através da cultura da criança"
Paulo Tatit
"É importante que a criança seja impregnada com o que há de melhor da sua cultura"
Susan Linn
"Arte, religião e descobertas científicas são todas enraizadas na nossa capacidade de brincar"
Sem dúvida. No Ceará, por exemplo, há boas experiências com crianças, como a experiência do Instituto da Infância, que leva o brincar para comunidades rurais. Casa de palafita, com antena de TV em todas elas, a natureza pé no chão, as riquezas locais, e as crianças muitas vezes não dão valor. Elas valorizam as salas fechadas cheias de brinquedos industrializados, que não fazem parte daquele lugar, mas ao mesmo tempo são da cultura do mundo, porque o mundo está globalizado. Há um diálogo dessa cultura local lúdica com a cultura que vem via meios de comunicação. Então, o educador da cidade almeja natureza e quem está na natureza almeja o que está na cidade.
Você é uma pessoa otimista em relação à situação atual da infância?
Sou otimista sim. Na década de 80, quando começamos a falar da importância do brincar, não havia interlocução. Hoje, nós temos muitos formadores, temos o brincar nas leis, o brincar na escola, o brincar como direito, os fabricantes de brinquedos com a consciência de que o que eles estão fabricando é especial, que tem que ter um cuidado com o material, com a segurança. Sinto que, ao mesmo tempo em que a situação está tão caótica, há um contraponto de um grupo muito grande. Há um potencial que está perpassando todas as instâncias para humanizar a era da tecnologia.
ENTREVISTAS DESSA EDIÇÃO ESPECIAL
Adelso Murta Filho"O quintal é o território encantado da infância"
Adriana Friedmann
"As crianças estão sendo educadas por um outro mundo que foge aos muros da escola"
Ana Lucia Villela
"O apelo emocional do consumo atinge todo o mundo"
Lydia Hortélio
"Sonho com o tempo em que poderemos falar em integração nacional através da cultura da criança"
Paulo Tatit
"É importante que a criança seja impregnada com o que há de melhor da sua cultura"
Susan Linn
"Arte, religião e descobertas científicas são todas enraizadas na nossa capacidade de brincar"
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