" Dar à pessoa tantas oportunidades quantas for possível, cercá-la com modelos positivos, sempre amá-la e jamais agredi-la ou renunciar a ela."
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Entrevista
Howard Gardner
Sonia MontañoO psicólogo cognitivo Howard Gardner abalou as crenças tradicionais sobre a inteligência pensada como capacidade única, herdada e sujeita a medições. "Minha definição de um gênio é uma pessoa que contribui com novos conhecimentos para o mundo", afirmou o pesquisador em sua entevista exclusiva à Pátio, concedida durante sua passagem por Porto Alegre (RS), no dia 17 de agosto, quando fez uma conferência sobre a educação no século XXI durante o evento Fronteiras do Pensamento. Professor de psicologia na Universidade de Harvard e de neurologia na Universidade de Boston, Gardner nasceu em 1943 na cidade de Scranton, Pensilvânia, e provém de uma família descendente de alemães que emigrou para os Estados Unidos, fugindo do regime nazista. Estudou psicologia e neuropsicologia na Universidade de Harvard. Hoje é presidente do comitê gestor do Projeto Zero (Escola Superior de Educação de Harvard) e participa do Goodwork Projetc, destinado a melhorar a qualidade e a autoestima profissional. Gardner é autor de diversos livros que foram publicados em português pela Artmed Editora, tais como Responsabilidade no trabalho (2008), Cinco mentes para o futuro (2007), Mentes que mudam (2005) e Estruturas da mente (1995). Ainda em 2009 está prevista a publicação de seu mais recente livro, Inteligências múltiplas ao redor do mundo, também pela Artmed.
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Como as famílias podem ajudar as crianças
e os adolescentes a desenvolver as suas inteligências o melhor possível?
A resposta é simples: dar à pessoa tantas oportunidades quantas for possível, cercá-la com modelos positivos, sempre amá-la e jamais agredi-la ou renunciar a ela.
bem-delimitados os lugares dos diversos atores e suas funções, responde a um modelo em que prevalece a inteligência lógico-matemática?
A configuração principal é como o professor pensa. Pode levá-lo a um lugar maravilhoso; porém, se a mente for estreita, é muito melhor que em uma sala de aula tradicional haja um professor de mente aberta que faça com que as crianças aprendam. Muito aprendizado acontece no parque, na beira do rio. Um pai ou uma mãe pode ensinar física para uma criança com uma panela e uma colher.
Fiquei surpreso com o interesse que meus estudos provocaram em educadores em todo o mundo. Inteligências múltiplas ao redor do mundo está sendo traduzido para o português. Considero o resultado deslumbrante, porque em cada país a teoria vai ao encontro de necessidades locais diferenciadas. Ela se desdobra. Por exemplo, no Japão e na Coreia, remete às mais velhas, talvez esquecidas, tradições culturais. Na América Latina, é pensada por um viés político, como democracia. Nos Estados Unidos, a teoria aponta para o que é especial na pessoa: "Meu filho vai mal na escola, mas se dá bem na relação com as pessoas ou domina tal instrumento musical", pensam os pais. Já na China, há mais de 100 livros publicados sobre a teoria. Uma jornalista explicou-me o porquê: "Nos Estados Unidos, a teoria das inteligências múltiplas volta-se para as habilidades especiais de cada criança individualmente. Aqui na China, estabelecemos como um dever nosso fazer cada criança desenvolver oito habilidades específicas diferentes".
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