segunda-feira, 5 de julho de 2010

O ócio criativo das férias... FÉRIAS!!!!

Férias... Gosto muito deste momento, despertar com os sons da infinita variedade de pássaros, sem ter que olhar para o relógio, e calmamente acordar... Hoje o sol clareou na janela, mas quem me chamou foi a brisa, hum!!!! Hoje o dia estar especial, ainda um friozinho... Dia de sol... Lembra praia... passear, curtir... rede, livro... uma boa leitura, filme...pipoca... sorvete, rua, sol, calor, água, casa, jardim, flores... pássaros... Assim, cá estou no pc...rsrsrrsr...
Pensar no " ócio" resgatar o tempo, gosto muito do termo e de seus significados. Quando chega nesta época de férias, lá vou eu pesquisar sobre esta arte...
Penso como é difícil para maioria das pessoas em nossa cultura, com o nosso tempo e tantos afazeres... Mas em particular penso nas crianças...
Encontrei este artigo na Revista Dom Total

08/12/2008

O ócio criativo das férias

É certo que, como diz a regra
beneditina, "o não fazer nada é nocivo para a alma”

Por Marcelo Barros
Em julho, as escolas param. No centro-oeste é temporada de acampamentos no Araguaia,
como na Europa começam as férias de verão. Quem pode
aproveita para viajar ou simplesmente fica em casa curtindo coisas que no período de trabalho não pode fazer.
As crianças adoram quando as férias chegam, embora, no final do mês, às vezes, estão
ansiosas para voltar às aulas.

Cada pessoa tem sua medida de trabalho e
de descanso. Há pessoas que se refazem plantando uma
horta, outras recreiam fazendo comida, outras se renovam
dirigindo um carro. Também há quem prefira simplesmente viver alguns dias sem
obrigações de horário, embora a sociedade capitalista ainda
nos faça sentir mal e como em pecado grave, quando não estamos produzindo.

É certo que, como diz a regra
beneditina, "o não fazer nada é nocivo para a alma". Além de negativa, a ociosidade acaba
gerando neuroses, violências e outros vícios. Ninguém deve negar o valor do trabalho.
Existe, hoje, a filosofia do
Nadismo que propõe o simples não fazer nada. De fato, as tradições antigas valorizavam muito o que chamavam de
quietude espiritual, mas São Bento a equilibra com o seu ora e trabalha. É claro qu
e isso não pode ser confundido com a ânsia da produção a
qualquer custo, a idolatria do mercado considerado como regulador maior das relações
sociais e a exigência da competitividade como regra primeira da convivência
humana.

O Ocidente precisou de filósofos
contemporâneos como Domenico de Masi para valorizar o "ócio criativo" que
faz do tempo livre a alavanca
da criatividade para um amanhã mais humano e feliz. Em geral, a sociedade atual
só dá valor ao trabalho. Em
função do trabalho, incentiva o estudo, mas não planeja nem organiza o lazer. Na escola, as pessoas se preparam para
saber o que fazer com 1/7 do seu tempo útil. Mas, todo o resto do tempo fica sem
planejamento. O ócio criativo não propõe ausência de ocupação, mas deseja
relacionar melhor trabalho,
estudo e lazer. Ajuda as pessoas a planejar melhor o tempo livre e aprofundar o
sentido e o valor do lazer.

Sem falar em "ócio criativo", há séculos, as culturas negras e indígenas conhecem e cultivam a capacidade de integrar
trabalho e lazer, estudo da vida e gratuidade. Nestes dias, em Goiânia, Sergio Alberto
Dias, o vereador Serjão, está lançando o seu livro "O Canto do Quilombo: Músicas, Poemas e Orações do Povo Negro". Ali
se encontram registrados os cânticos e poemas que, mesmo sob o chicote do algoz, nos
campos da escravidão, os ancestrais negros cantavam e recitavam, unindo a lágrima da
dor com a resistência do sorrir e do cantar. Do mesmo modo, muitas culturas ind
ígenas têm cânticos e rituais
para se ir à roça, para partir à caça e para se acordar de
madrugada. Toda a vida tece em uma só costura os
momentos produtivos e a gratuidade da expressão
poética. A uma sociedade ocidental que insiste em considerar o tempo como
dinheiro, as culturas tradicionais teimam em
testemunhar que tempo é graça e espaço de convivência. Mesmo os grupos tradicionais,
obrigados a se contaminar pela ambição do lucro ou pelo encantamento da cultura
comercial, no fundo, não
conseguem perder o gingado e basta alguém ir ao Nordeste por ocasião das festas juninas
para constatar isso.

Em todas as regiões do Brasil,
as tradições populares contêm muito da criatividade proposta pela teoria do ócio positivo. Em meio à pobreza e a todas as
dificuldades, esta criatividade tem se tornado capaz de fecundar as atividades
cotidianas de amor e alegria.
Mesmo em nossa sociedade, alguns dos trabalhos sociais
mais importantes e
significativos para a educação da juventude e a promoção humana de comunidades
carentes consistem em laboratórios de artes plásticas,
grupos de música, escolas populares de dança e muitas outras formas de arte que dão sentido novo à vida das
pessoas, o que, às vezes, a escola formal não consegue proporcionar.

É claro que quem, hoje, consegue sobreviver com o
salário mínimo ou criar filhos a partir da economia informal não precisa de nenhum filósofo
europeu que lhe venha dar aulas de criatividade. A maioria
da população brasileira bem
merece o título de "sociedade da criatividade" que Alvin Tofler
julga ser uma possibilidade para o futuro. O importante é que esta criatividade seja
assumida como fonte de sabedoria para a organização da sociedade.

No Novo Testamento, para as comunidades pobres de
periferia urbana, Paulo propõe que procurem "resgatar o tempo", isto é, torná-lo tempo
de salvação e graça. Ordena
que quem quer comer deve
trabalhar, mas insiste que o tempo seja usado para
dialogar, para orar sem cansar e para a solidariedade. Viver a fé é também um exercício de
gratuidade e arte que, quando se vive com humanidade e abertura de coração, pode tornar a vida uma bela obra de
arte, capaz de nos indicar o
caminho da felicidade.
Marcelo Barros é monge beneditino, teólogo e escritor

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