BUSCANDO IDÉIAS, COLANDO ESPERANÇAS
11 Abr 2009 - 15h14min
JACQUES THERRIEN
Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenador do grupo de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq)
Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenador do grupo de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq)
“Saber e prática social do educador”
1 EDUCAÇÃO INTEGRAL
> Aprender não é só decorar. Para Jacques Therrien, a escola só tem sentido quando se “vive” nela. E, ele ressalta, não se trata simplesmente de tempo integral, pois a escola não deve servir apenas como “depósito” de crianças. “Uma escola de aprendizagem, onde se aprende a viver, é uma escola onde há muito diálogo, muita interação entre os professores, a direção, a família e as crianças”, aponta.
2 GESTÃO COMUNITÁRIA
> Apesar de a educação pública atender a uma grande parcela da população, essa população demonstra pouca força para pressionar o poder público e atrair investimentos. Primeiro com a participação comunitária efetiva na escola e nas decisões relativas a ela, a gestão comunitária seria responsável por se tornar um espaço de mobilização política a favor da própria comunidade e da educação pública.
3 AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES
> A eficiência tem de ser incentivada. Para isso, é preciso que sejam avaliados a direção das escolas, os professores e os alunos, mas não apenas em termos
de sucesso em testes de conhecimento. Therrien ressalta, contudo, que a essa avaliação não deve criar clima de competição entre escolas ou profissionais.
JOSETE CASTELO BRANCO
Professora do Centro de Educação da Universidade Federal do Ceará (Uece)
e representante da Uece no Conselho Municipal de Educação
1 MUNICIPALIZAÇÃO DAS CRECHES
> A professora cobra a universalização do acesso ao ensino infantil, que está a cargo do Município. Além de a demanda por creches ainda superar a oferta por parte da Prefeitura, desde dezembro de 2008 o Governo do Estado deixou definitivamente de responder pela área. Das 87 creches que saíram das mãos do Estado, a Prefeitura promete municipalizar pelo menos 48.
2 ELEIÇÃO DIRETA PARA DIRETORES DE ESCOLAS
> Hoje, os diretores são apontados em lista tríplice pelas escolas e escolhidos pela prefeita. Enquanto a Prefeitura afirma que um processo de eleição direta causa conflitos e divisão na comunidade escolar, Josete Castelo Branco avalia que o método atual é uma “prática coronelista que ainda perdura”.
EDGAR LINHARES
Presidente do Conselho de Educação do Ceará
1 TEMPO INTEGRAL ATÉ O 9º ANO
> Para Edgar Linhares, só pela expansão do horário letivo no Ensino Infantil e no Ensino Fundamental será possível “vencer as etapas perdidas” no processo de alfabetização e desenvolvimento da capacidade de leitura dos alunos do ensino público. As outras disciplinas escolares, como a Matemática, estariam também dependentes desse desenvolvimento. Além disso, o tempo integral ajudaria a atingir o patamar mínimo de 75% da população de 14 a 17 anos na escola.
2 PRÉDIOS E CURRÍCULOS ADEQUADOS ÀS POSSIBILIDADES DA MODERNIDADE
> As escolas devem utilizar-se das artes e dos recursos audiovisuais, e as bibliotecas devem ser tão importantes quanto a alimentação das crianças. Para isso, seria preciso uma reforma curricular “audaciosa” e grande investimento em estrutura física. Na base da questão está também a necessidade de “investir seriamente no professor, desde a sua formação inicial e continuada até a sua remuneração”.
ARLINDO ARAÚJO
Coordenador de Ensino Fundamental da Prefeitura de Fortaleza
1 REDEFINIÇÃO DE CURRÍCULOS
> Desde 1996, com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o fim do tele-ensino, a rede municipal está com currículos defasados. Hoje, segundo Arlindo Araújo, os professores do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental usam os próprios livros didáticos como guias. É preciso construir uma proposta curricular para essas séries e atualizar o currículo de 1º a 5º ano. Algo “importantíssimo”
para a melhora na qualidade do ensino e um investimento na unidade do sistema municipal de educação. A promessa é que a redefinição aconteça ainda em 2009.
2 FORTALECIMENTO DO ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO
> A diretriz engloba três novidades: a criação da posição de “coordenador pedagógico”, de um sistema municipal de avaliação e de um observatório de frequência e redendimento. Explicitamente voltada para a melhoria dos indicadores educacionais, a ideia é oferecer aos professores, em tempo hábil, as informações necessárias para que repensem sua prática no decorrer do próprio ano letivo, tendo em vista a otimização da aprendizagem e a minimização da evasão escolar.
1 EDUCAÇÃO INTEGRAL
> Aprender não é só decorar. Para Jacques Therrien, a escola só tem sentido quando se “vive” nela. E, ele ressalta, não se trata simplesmente de tempo integral, pois a escola não deve servir apenas como “depósito” de crianças. “Uma escola de aprendizagem, onde se aprende a viver, é uma escola onde há muito diálogo, muita interação entre os professores, a direção, a família e as crianças”, aponta.
2 GESTÃO COMUNITÁRIA
> Apesar de a educação pública atender a uma grande parcela da população, essa população demonstra pouca força para pressionar o poder público e atrair investimentos. Primeiro com a participação comunitária efetiva na escola e nas decisões relativas a ela, a gestão comunitária seria responsável por se tornar um espaço de mobilização política a favor da própria comunidade e da educação pública.
3 AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES
> A eficiência tem de ser incentivada. Para isso, é preciso que sejam avaliados a direção das escolas, os professores e os alunos, mas não apenas em termos
de sucesso em testes de conhecimento. Therrien ressalta, contudo, que a essa avaliação não deve criar clima de competição entre escolas ou profissionais.
JOSETE CASTELO BRANCO
Professora do Centro de Educação da Universidade Federal do Ceará (Uece)
e representante da Uece no Conselho Municipal de Educação
1 MUNICIPALIZAÇÃO DAS CRECHES
> A professora cobra a universalização do acesso ao ensino infantil, que está a cargo do Município. Além de a demanda por creches ainda superar a oferta por parte da Prefeitura, desde dezembro de 2008 o Governo do Estado deixou definitivamente de responder pela área. Das 87 creches que saíram das mãos do Estado, a Prefeitura promete municipalizar pelo menos 48.
2 ELEIÇÃO DIRETA PARA DIRETORES DE ESCOLAS
> Hoje, os diretores são apontados em lista tríplice pelas escolas e escolhidos pela prefeita. Enquanto a Prefeitura afirma que um processo de eleição direta causa conflitos e divisão na comunidade escolar, Josete Castelo Branco avalia que o método atual é uma “prática coronelista que ainda perdura”.
EDGAR LINHARES
Presidente do Conselho de Educação do Ceará
1 TEMPO INTEGRAL ATÉ O 9º ANO
> Para Edgar Linhares, só pela expansão do horário letivo no Ensino Infantil e no Ensino Fundamental será possível “vencer as etapas perdidas” no processo de alfabetização e desenvolvimento da capacidade de leitura dos alunos do ensino público. As outras disciplinas escolares, como a Matemática, estariam também dependentes desse desenvolvimento. Além disso, o tempo integral ajudaria a atingir o patamar mínimo de 75% da população de 14 a 17 anos na escola.
2 PRÉDIOS E CURRÍCULOS ADEQUADOS ÀS POSSIBILIDADES DA MODERNIDADE
> As escolas devem utilizar-se das artes e dos recursos audiovisuais, e as bibliotecas devem ser tão importantes quanto a alimentação das crianças. Para isso, seria preciso uma reforma curricular “audaciosa” e grande investimento em estrutura física. Na base da questão está também a necessidade de “investir seriamente no professor, desde a sua formação inicial e continuada até a sua remuneração”.
ARLINDO ARAÚJO
Coordenador de Ensino Fundamental da Prefeitura de Fortaleza
> Desde 1996, com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o fim do tele-ensino, a rede municipal está com currículos defasados. Hoje, segundo Arlindo Araújo, os professores do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental usam os próprios livros didáticos como guias. É preciso construir uma proposta curricular para essas séries e atualizar o currículo de 1º a 5º ano. Algo “importantíssimo”
para a melhora na qualidade do ensino e um investimento na unidade do sistema municipal de educação. A promessa é que a redefinição aconteça ainda em 2009.
2 FORTALECIMENTO DO ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO
> A diretriz engloba três novidades: a criação da posição de “coordenador pedagógico”, de um sistema municipal de avaliação e de um observatório de frequência e redendimento. Explicitamente voltada para a melhoria dos indicadores educacionais, a ideia é oferecer aos professores, em tempo hábil, as informações necessárias para que repensem sua prática no decorrer do próprio ano letivo, tendo em vista a otimização da aprendizagem e a minimização da evasão escolar.
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